segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Ditadura Militar no Brasil

Introdução


Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.por um período tenebroso na sua história. Os militares tomaram o poder e em nome da democracia implantaram uma ditadura terrível, subjugaram o povo; calaram a imprensa; abusaram do poder; assassinaram. Depois de 21 anos de despotismo, sob pressão do sofrimento de um povo pacífico, entregaram o poder e saíram como se nada tivesse acontecido. Até hoje, remanescentes e simpatizantes daquele cruel regime zombam da cara do pacato povo brasileiro.
O golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.

Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos .
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. 
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. 
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
Passeata contra a ditadura militar no Brasil 
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN seqüestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.

GOVERNO MEDICI (1969-1974)
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.



GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).





A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.
AI-número 5.

O Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil.[1]
O AI-5 sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.
Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama e Silva em 13 de dezembro de 1968, entrou em vigor durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva, o ato veio em represália à decisão da Câmara dos Deputados, que se negara a conceder licença para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado por um discurso onde questionava até quando o Exército abrigaria torturadores ("Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?"[2]) e pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro.
Mas o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.
O fim da Ditadura Militar
        Durante o governo Figueiredo, o Brasil mergulhou numa das mais graves crises econômicas e sua história. A inflação era muito alta, a dívida externa assombrosa e as dívidas públicas do governo muito maiores que sua arrecadação.
        A sociedade canalizou seu enorme descontento para com o governo militar organizando uma gigantesca companha em favor das eleições diretas para presidente da República.
        A Campanha pelas Diretas foi um dos maiores movimentos políticos-populares da nossa história. Nas ruas, nas praças, multidões entusiasmadas, reunidas em grandes comícios, gritavam o lema Diretas-já! e cantavam o Hino Nacional.
        Entretanto, uma série de manobras de políticos impopulares, ligados à ditadura militar, impediu a realização das eleições diretas para presidente. O principal grupo que sabotou a emenda das diretas foi liderado pelo deputado paulista Paulo Maluf. 
        Contrariada a vontade do povo brasileiro, teve progressivamente o processo das eleições indiretas, criado pelo regime militar. Nesta fase, concorreram à presidência dois candidatos: Paulo Maluf e Tancredo Neves.
        Paulo Maluf era o candidato oficial do PDS, o partido do governo. Entretanto, não contavam com o apoio afetivo das forças tradicionais que estavam no poder.

        Tancredo Neves, governador de Minas Gerais, era o candidato de uma confusa aliança política (a Aliança Democrática) composta por ex-integrantes do PDS e membros do PMDB.
        Em comício popular, Tancredo Neves apresentava-se como a alternativa concreta para que a sociedade brasileira alcançasse o fim do regime militar. Tancredo dizia que iria ao Colégio Eleitoral para acabar com ele e que sua eleição seria a última eleição indireta para presidente da República.
        Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral reuniu-se em Brasília para escolher entre Tancredo e Maluf. O resultado da votação foi amplamente favorável a Tancredo Neves, que recebeu 480 votos contra 180 dados a Maluf e 26 abstenções.
        Tancredo Neves não conseguiu tomar posse da presidência da República. Doze horas antes da solenidade de posse, foi internado e operado no Hospital de Base de Brasília com fortes dores abdominais. Depois foi transferido para o INCOR – Instituto do Coração, em São Paulo. A enfermidade evoluía de forma fatal. Tancredo morreu em 21 de abril de 1985. O país foi tomado de grande comoção, em face da morte de Tancredo e das esperanças de mudança nele depositadas.
        O Vice-Presidente em exercício, José Sarney, assumiu de forma plena o comando da nação.

Índia

A Índia, oficialmente República da Índia, (em hindi: भारत गणराज्य, Bhārat Gaṇarājya), é um país da Ásia Meridional. É o sétimo maior país em área geográfica, o segundo país mais populoso e a democracia mais populosa do mundo. Delimitado ao sul pelo Oceano Índico, pelo mar da Arábia a oeste e pela Baía de Bengala a leste, a Índia tem uma costa com 7.517 km.[7] O país é delimitado pelo Paquistão a oeste;[8] pela República Popular da China, Nepal e Butão no norte e por Bangladesh e Mianmar a leste. Os países insulares do Oceano Índico, o Sri Lanka e Maldivas, estão localizados bem próximos da Índia.
Lar da Civilização do Vale do Indo, de rotas comerciais históricas e de vastos impérios, o Subcontinente indiano é identificado por sua riqueza comercial e cultural de grande parte da sua longa história.[9] Quatro grandes religiões, Hinduísmo, Budismo, Jainismo e Sikhismo, originaram-se no país, enquanto o Zoroastrismo, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo chegaram no primeiro milênio d.C. e moldaram a diversidade cultural da região. Anexada gradualmente pela Companhia Britânica das Índias Orientais no início do século XVIII e colonizada pelo Reino Unido a partir de meados do século XIX, a Índia se tornou uma nação independente em 1947 após uma luta pela independência que foi marcada pela extensão da resistência não-violenta.[10]

A Índia é uma república composta por 28 estados e sete territórios da união com um sistema de democracia parlamentar. O país é a décima segunda maior economia do mundo em taxas de câmbio e a quarta maior economia em poder de compra. As reformas econômicas feitas desde 1991, transformaram o país em uma das economias de mais rápido crescimento do mundo;[11] no entanto, a Índia ainda sofre com altos níveis de pobreza,[12] analfabetismo, doenças e desnutrição. Uma sociedade pluralista, multilingue e multi-étnica, a Índia também é o lar de uma grande diversidade de animais selvagens e de habitats protegidos.

o território da Índia constitui a maior parte do subcontinente indiano, localizado na Placa Indiana, na Ásia Meridional. Os estados indianos do norte e do nordeste estão parcialmente localizados nos Himalaias. O território indiano é formado pelos Himalaias no extremo norte e nordeste, pela planície indo-gangética ao norte, a noroeste e a leste, e pelo planalto do Decão no centro. O Decão é flanqueado por duas cordilheiras: os Gates Ocidentais e os Gates Orientais.
A Índia conta com diversos grandes rios, como o Ganges, o Bramaputra, o Yamuna, Godavari, Kaveri, Narmada e Krishna. O país possui três arquipélagos: as Laquedivas, as ilhas Andamão e Nicobar e as Sundarbans (no delta do Ganges).

O clima da Índia varia entre o tropical, ao sul, e o mais temperado, no norte. Nas regiões setentrionais neva com freqüência no inverno. O clima indiano é fortemente influenciado pelos Himalaias e pelo deserto de Thar. A cordilheira himalaica e o Hindu Kush formam uma barreira contra os ventos frios provenientes da Ásia Central, o que mantém o subcontinente com temperaturas mais elevadas do que outras regiões em latitudes semelhantes. A maior parte da precipitação entre junho e setembro é devida às monções.

A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, estimada em 1,100 bilhões de habitantes (2006). Com uma população diversificada, a língua, a casta e a religião desempenham papel importante na organização social e política do país. Embora 80,5 por cento da população sejam hindus, a Índia conta também com o segundo maior contingente de muçulmanos no mundo (13,4%) [22], ademais de outros grupos religiosos como cristãos (2,3%), siques (1,9%), budistas (0,8%), jainistas (0,4%) e outros.[23] Povos tribais nativos constituem 8.1% da população.[24]
As principais aglomerações urbanas do país são Bangalore, Madrasta, Délhi, Hiderabade, Calcutá e Bombaim. Há 933 mulheres para cada 1 000 homens. A idade média é de 24,66 anos. A taxa de natalidade indiana é de 22,32 por 1 000 e a taxa de crescimento populacional é de 1,38% (estimada, 2006).
Duas das grandes famílias linguísticas estão representadas na Índia: a indo-ariana (falada por 74% da população) e a dravídica (24%). A constituição indiana considera como oficiais 23 diferentes línguas, embora o híndi e o inglês sejam usados pelo governo federal para fins oficiais. O sânscrito (mais antigo que o hebraico e o latim) e o tâmil são consideradas línguas clássicas. O número de dialetos falados na Índia chega a 1652.

Religião

Berço de diversas grandes religiões, a prática religiosa integra o quotidiano da sociedade. A maior religião do país é o hinduísmo com mais de 80%, embora grupos significativos pratiquem o islamismo, o jainismo, o siquismo , o cristianismo e a fé Bahá'í, o Budismo representa apenas 0,7 por cento.
Um dos aspectos da cultura indiana, apesar de oficialmente banido, é o sistema de castas da Índia, característico dos hindus, não só na Índia, mas também no Nepal.
Vários festivais religiosos são realizados na Índia, dentre eles o Khumba Mela.



Criminalidade

A Índia sofre graves problemas de criminalidade, o crime está presente em várias formas. O crime organizado inclui o tráfico de drogas, o branqueamento de dinheiro, extorsão, homicídio, prostituição e trabalho infantil, fraude etc. Outras operações criminosas estão envolvidos no tráfico de seres humanos, a corrupção, violência política, religiosa, o terrorismo, sequestro etc.
Em 2004, 60,28781 crimes cognoscíveis foram cometidos, incluindo 18,32015 Indian Código Penal (IPC) e crimes 41,96766 Special & Local Leis (SLL) crimes, com um aumento de 9,7% relativamente a 2003 (54,94814).


Economia

A Bolsa de Valores de Bombaim, em Bombaim, a mais antiga bolsa de valores da Ásia e a maior da Índia.
Com um PIB de 785 bilhões de dólares (ou 3,6 trilhões de dólares pelo critério de paridade do poder de compra - PPC), a Índia é a 12ª maior economia do mundo (ou a quarta maior, pelo critério PPC). Entretanto, devido à grande população, a renda per capita é consideravelmente baixa: em 2005, o FMI classificou a Índia na 135ª posição em termos de renda per capita (ou na 122ª posição, pelo critério PPC), dentre 182 países e territórios. Cerca de 60 por cento da população dependem diretamente da agricultura. A indústria e os serviços têm se desenvolvido rapidamente e respondem por 25 e 51 por cento do PIB, respectivamente, enquanto que a agricultura contribui com cerca de 25,6 por cento. Mais de 25 por cento da população vivem abaixo da linha de pobreza, apesar da existência de uma classe média grande e crescente de 300 milhões de pessoas.
A Índia registrou forte crescimento econômico após 1991, quando seu governo abandonou políticas socialistas e deu início a um processo de liberalização da economia, que envolveu o incentivo ao investimento estrangeiro, a redução de barreiras tarifárias à importação, a modernização do setor financeiro e ajustes nas políticas fiscal e monetária. Como resultados, colheu uma inflação mais baixa, crescimento econômico mais elevado (média de 5 por cento anual) e redução do déficit comercial. Nos últimos anos, a Índia tornou-se um importante centro de serviços relacionados com tecnologias de informação. É o principal beneficiário do outsourcing de serviços.
O desenvolvimento econômico indiano é freado, porém, por uma infraestrutura insuficiente, uma burocracia pesada, altas taxas de juros e uma "dívida social" elevada (pobreza rural, importante analfabetismo residual, sistema de castas, corrupção, clientelismo etc.).
A Índia também é a maior produtora de softwares do mundo, possuindo uma grande produção de todo esse mercado.


Cultura


O Taj Mahal, atração turística mais visitada da Índia.
A cultura da Índia é a expressão de uma das mais antigas e diversificadas civilizações do planeta, portanto inclui grande número de manifestações em todos os campos, desde a literatura e a arquitetura até, modernamente, o cinema.
As tradições literárias mais antigas da Índia eram transmitidas de forma oral e foram posteriormente transcritas. Tais transcrições incluem textos sagrados como os Vedas e épicos como o Maabárata e o Ramáiana. O único galardoado indiano com o prêmio nobel de literatura é o escritor bengali Rabindranath Tagore.
O país é o maior produtor mundial anual de filmes para o cinema. A produção cinematográfica local concentra-se em Bombaim, Noida, Madrasta e Hiderabade.

Desporto

O críquete é o esporte nacional do país venceu a Copa do Mundo de Críquete em 1983, a Índia também é muito tradicional no Hóquei sobre a Grama onde 8 das suas 9 medalhas de ouro em Jogos Olímpicos vieram deste esporte, outros esportes também praticados são o badminton e pólo. 

DADOS PRINCIPAIS
ÁREA: 3.287.782 km²
CAPITAL DA ÍNDIANova Délhi
POPULAÇÃO:  1,13 bilhão (estimativa 2008)
MOEDA DA ÍNDIA: rúpia indiana
NOME OFICIAL
: República da Índia (Bharat Juktarashtra).
NACIONALIDADE: indiana
DATA NACIONAL: 26 de janeiro (Proclamação da República); 15 de agosto (Independência); 2 de outubro (aniversário de Gandhi).

GEOGRAFIA DA ÍNDIA:
MAPA DA ÍNDIA
LOCALIZAÇÃOcentro-sul da Ásia
FUSO HORÁRIO:  + 8 h30min em relação à Brasília
CLIMA DA ÍNDIA
: clima de monção (maior parte), clima tropical, equatorial (S), árido tropical (NO), de montanha (N).
CIDADES DA ÍNDIA (PRINCIPAIS)
Mumbai (ex-Bombaim), Calcutá, Nova Délhi; Madras, Bangalore.
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO:
indo-arianos 72%, drávidas 25%, mongóis e outros 3%  (censo de 1996).
IDIOMAShindi (oficial), línguas regionais (principais: telugu, bengali, marati, tâmil, urdu, gujarati).
RELIGIÃO hinduísmo 80,3%, islamismo 11% (sunitas 8,2%, xiitas 2,8%), cristianismo 3,8% (católicos 1,7%, protestantes 1,9%, ortodoxos 0,2%), sikhismo 2%, budismo 0,7%, jainismo 0,5%, outras 1,7% (em 1991).
DENSIDADE DEMOGRÁFICA343 hab./km2
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO1,6% ao ano (1995 a 2000)
TAXA DE ANALFABETISMO39% (2004).

RENDA PER CAPITAUS$ 2.972 (estimativa 2007).
IDH: 0,612 (2007) médio
ECONOMIA DA ÍNDIA :
Produtos Agrícolas: algodão em pluma, arroz, chá, castanha de caju, juta, café, cana-de-açúcar, legumes e verduras, trigo, especiarias, feijão.
Pecuáriabovinos, ovinos, caprinos, suínos, eqüinos, camelos, búfalos, aves.
Mineraçãominério de ferro, diamante, carvão, asfalto natural, cromita.
Indústria
alimentícia, siderúrgica (ferro e aço), têxtil, química e medicamentos.
PIB: US$ 2,96 trilhões (estimativa 2007)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ártico e Antártica

Antártica

A Antártica (só no Brasil)[nota 1] ou Antártida[nota 2], do grego ανταρκτικως, antarktikos, "oposto a ártico", é o mais meridional dos continentes e um dos menores, com uma superfície de catorze milhões de quilômetros quadrados. Rodeia o Polo Sul, e por esse motivo está quase completamente coberta por enormes geleiras (glaciares), exceção feita a algumas zonas de elevado aclive nas cadeias montanhosas e à extremidade norte da Península Antártica. Sua formação se deu pela separação do antigo supercontinente Gondwana há aproximadamente 100 milhões de anos e seu resfriamento aconteceu nos últimos 35 milhões de anos.[8]
É o continente mais frio, mais seco, com a maior média de altitude e de maior indíce de ventos fortes do planeta.[1] A temperatura mais baixa da Terra (-89,2 °C) foi registrada na Antártica, sendo a temperatura média na costa, durante o verão, de apenas -10 °C; no interior do continente, é de -40 °C.[9] Muitos autores o consideram um grande deserto polar, pela baixa taxa de precipitação no interior do continente.[10][11][12] A altitude média da Antártica é de aproximadamente 2.000 metros.[13] Ventanias com velocidades de aproximadamente 100 km/h são comuns e podem durar vários dias.[9] Ventos de até 320 km/h já foram registrados na área costeira.[12]
Juridicamente, a Antártica está sujeita ao Tratado da Antártida, pelo qual as várias nações que reivindicavam territórios no continente (Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido) concordam em suspender as suas reivindicações, abrindo o continente à exploração científica.[14]
Por esse motivo, e pela dureza das condições climáticas, não tem população permanente, embora tenha uma população provisória de cientistas e pessoal de apoio nas bases polares, que oscila entre mil (no inverno) e quatro mil pessoas (no verão).

Geografia

Imagem de satélite da Antártica.
Imagem colorida da elevação e do relevo do continente.
A Europa inscrita na Antártica (por comparação).
A maior parte do continente austral está localizada ao sul do Círculo Polar Antártico e circundada pelo Oceano Antártico. É a massa de terra mais meridional e compreende mais de 14 milhões de quilômetros quadrados, tornando-se o quinto maior continente. Sua costa mede 17 968 quilômetros e é caracterizada por formações de gelo,[1] como mostra a tabela:
Tipos de costa ao longo da Antártica (Drewry, 1983)
Tipo Ocorrência
Plataforma de gelo (gelo flutuante) 44%
Paredes de gelo (sobre o solo) 38%
Correntes de gelo (limite do gelo ou parede de gelo) 13%
Rocha 5%
Total 100%
Fisicamente, ela é dividida em duas partes pelos Montes Transantárticos perto do estreitamento entre o Mar de Ross e o Mar de Weddell: a Antártica Oriental, ou Maior, e a Antártica Ocidental, ou Menor, porque correspondem aproximadamente aos hemisférios ocidental e oriental em relação ao meridiano de Greenwich.

Relevo

Imagem de satélite do Maciço Vinson, o ponto mais alto da Antártica com 4.892 metros de altura.
Na Antártica Oriental encontram-se os Montes Transantárticos (ou Cadeia Transantártica) que se estende por 4.800 quilômetros, desde a Terra de Vitória à Terra de Coats. Na Ocidental está a Península Antártica, ao sul da qual se encontram os Montes Ellsworth e o Maciço Vinson, ponto mais elevado do continente com 5140 metros. Localizadas entre suas cordilheiras, há sete geleiras na Antártica, das quais a maior é a Geleira Byrd.
Montanhas na Antártica.
Embora seja lar de muitos vulcões, apenas uma cratera na Ilha Decepção e o Monte Erebus expelem lava atualmente, a primeira desde 1967. O Monte Erebus, de 4023 metros de altitude e localizado na Ilha de Ross, é o vulcão ativo mais meridional do mundo. Pequenas erupções são comuns e fluxos de lava foram observados em anos recentes.[20]

[editar] Clima

A Antártica é o continente mais frio e seco da Terra, um grande deserto. A precipitação média anual fica entre 30 e 70 mm.[15] Devido à influência das correntes marítimas, as zonas costeiras apresentam temperaturas mais amenas, com uma média anual de -10 °C (atingindo valores entre 10 °C no verão e -40 °C no inverno). Por outro lado, no interior do continente, a média anual é -30 °C, com temperaturas variando entre -30 °C no verão até abaixo de -80 °C no inverno. A menor temperatura do mundo, -89,2 °C, foi documentada na base russa de Vostok, a aproximadamente 3.400 metros de altitude no dia 21 de Julho de 1983.[9]
O gelo azul cobrindo o Lago Fryxell, nos Montes Transantárticos, origina-se do derretimento de geleiras.
Estima-se que apesar dos seis meses de escuridão do inverno, a incidência da energia solar no Pólo Sul seja semelhante à recebida anualmente no equador, mas 75% dessa energia é refletida pela superfície de gelo.[15]
A glaciação de uma montanha.
A Antártica Oriental é mais fria que a Ocidental por ser mais elevada. As massas de ar raramente penetram muito no continente, deixando seu interior frio e seco. O gelo no interior do continente dura muito tempo, apesar da falta de precipitação para renová-lo. A queda de neve não é rara no litoral, onde já se registrou a queda de 1,22 metro em 48 horas. Também é um continente com ventos fortes, registrando-se ventos com velocidades superiores a 200 km/h na região costeira, sendo a média nestes locais de 100 km/h.[9] No interior, entretanto, as velocidades são tipicamente moderadas.[27]
A Antártica é mais fria do que o Ártico por dois motivos: em primeiro lugar, grande parte do continente está a mais de três quilômetros acima do nível do mar. Em segundo lugar, a área do Pólo Norte é coberta pelo Oceano Ártico e o relativo calor do oceano é transferido através do gelo, impedindo que as temperaturas nas regiões árticas alcancem os extremos típicos da superfície da terra no sul.[28]
Alguns eventos climáticos são comuns na região. A aurora austral, conhecida como "luzes do sul", é um brilho observado durante a noite perto do Pólo Sul. Outro acontecimento é o pó de diamante, neblina composta de pequenos cristais de gelo. Forma-se geralmente sob céu limpo, por isso é referido como precipitação de céu limpo. Falsos sóis, brilhos formados pela reflexão da luz solar em cristais de gelo, conhecidos como parélio, são uma manifestação óptica atmosférica comum.[21]
Icebergs do tipo "Tabular".

[editar] Flora

As principais dificuldades para o crescimento dos vegetais na Antártica são os fortes ventos, a curta espessura do solo e a limitada quantidade de luz solar, durante o inverno.
Por isso, a variedade de espécies de plantas na superfície é limitada a plantas "inferiores", como musgos e hepáticas. Além disso há uma comunidade autotrófica, formada por protistas. A flora continental consiste em líquens, briófitas, algas e fungos. O crescimento e a reprodução ocorrem geralmente no verão.[29]
Há mais de 200 espécies de líquens e aproximadamente 50 espécies de briófitas, tais como musgos. No continente existem 700 espécies de algas, a maioria das quais forma o fitoplâncton.[29] Diatomáceas e algas da neve, algas microscópicas que crescem na neve e no gelo dando-lhes coloração, são abundantes nas regiões costeiras durante o verão.[30] Há ainda duas espécies de plantas que florescem e são encontradas na Península Antártica.[29]

 Fauna

O krill é muito importante para a maior parte das teias alimentares, servindo de alimento para lulas, baleias, focas, como a foca-leopardo, pinguins e outras aves.[31] As aves mais comuns são os pinguins, os albatrozes e os petréis. No entanto, somente 13 espécies fazem seus ninhos em terra firme, geralmente no litoral, e partem para regiões mais quentes no inverno. Enquanto todas as demais migram, duas espécies de pinguim permanecem e migram para o interior: o pinguim-imperador, a maior espécie, e o pinguim-de-adélia.[32] Por volta de abril, machos e fêmeas dos pinguins-imperador migram cem quilômetros para o sul, as fêmeas voltam para o litoral para se alimentar, só voltando em julho e os machos se agrupam para se aquecerem.[33]
Krill antártico (Euphausia superba), base de muitas teias alimentares.
A fauna dos mares em torno da Antártica é bastante rica. É composta por uma miríade de invertebrados como esponjas,[34] anêmonas, estrelas-do-mar e ouriços-do-mar,[35] anelídeos, crustáceos e moluscos e entre os mais abundantes estão o isópode Glyptonotus antarticus e o molusco Nacella concinna, comum nas zonas costeiras. As condições ambientais afetam o crescimento e a reprodução desses animais: eles se tornam maiores e crescem mais lentamente, se reproduzindo de forma mais lenta em comparação com seus congéneres de regiões quentes.[10]
Em regiões com profundidade de cerca de 200 metros abaixo da camada de gelo e em plena escuridão, acreditava-se que existiam apenas micróbios, mas, conforme anúncio feito pela NASA em 16 de março de 2010, também podem ser encontrados o crustáceo Lyssianasid amphipod e uma espécie de água-viva.[36]
A aprovação do Ato de Conservação da Antártica trouxe severas restrições ao continente. A introdução de plantas ou dos animais estrangeiros pode ser punida criminalmente, bem como a retirada de qualquer espécie nativa.[37] O excesso de pesca do krill, de grande importância para o ecossistema local, fez com que a pesca fosse regulamentada e controlada. A Convenção para Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCAMLR, em inglês), um tratado que entrou em vigor em 1980, requer que regulamentos sobre o Oceano Antártico levem em conta os potenciais efeitos sobre todo o ecossistema antártico. Apesar destes novos regulamentos, a pesca ilegal, particularmente da merluza-negra, continua sendo um sério problema. A pesca ilegal da merluza aumentou para cerca de trinta e duas mil toneladas em 2000.[38][39]


Aproximadamente 98% da Antártica está coberta por um manto de gelo,[1] que possui em média dois quilômetros de espessura, sendo 4.776 metros sua espessura máxima.[21] Essa cobertura de gelo tem um volume estimado em 25,4 milhões de quilômetros cúbicos,[13] contendo 70% de toda a água doce do planeta[15] sendo assim o continente de maior altitude média. O gelo advindo do manto forma barreiras que se estendem para além da costa, conhecidas como plataformas de gelo, a maior das quais é a de Ross (com 800 km de largura e estendendo-se por 1.000 km em direção ao pólo Sul).[10] Os icebergs são blocos de gelo flutuante formados pela neve, desprendidos das geleiras ou das plataformas de gelo.[22] Embora a maior parte da massa continental da Antártica se encontre acima do nível do mar, uma grande parte da pequena Antárctica Ocidental encontra-se abaixo do nível do mar.[10]
Em grande parte do interior do continente a precipitação média anual fica entre 30 e 70 mm;[15] em algumas áreas de "gelo azul" a precipitação é mais baixa do que a perda de massa pela sublimação e, assim, o balanço local é negativo. Nos vales secos o mesmo efeito ocorre sobre uma base de rochas, conduzindo a uma paisagem esturricada.[20]
A Antártica sem sua cobertura de gelo. (Esse mapa não considera que o nível do mar e do continente se elevariam pelo derretimento do gelo).
Abriga o pólo geográfico Sul do planeta, a 90º de latitude S, e o pólo magnético, cuja localização não é fixa. Apenas a península Antártida, com 1.000 km de extensão, não está sempre coberta por gelo. O relevo é marcado pelos Montes Transantárticos, prolongamento geológico dos Andes. Ela divide o continente em Antártida Oriental, com planícies, colinas baixas e a geleira Lambert (a maior do mundo), e Antártida Ocidental, com arquipélagos ligados pela cobertura de gelo permanente. As banquisas formadas por água do mar congelado se confunde com o contorno do continente.[20]
A Antártica Ocidental é coberta pela manto de gelo da Antártica Ocidental. Este chamou atenção recentemente por causa da possibilidade real de seu colapso. Se derretesse, o nível do mar elevar-se-ia em vários metros em um curto espaço de tempo geológico, talvez em questão de séculos.[23] Diversos fluxos de gelo antártico, que correspondem a aproximadamente 10% da cobertura de gelo, correm para uma das muitas plataformas.
A Antártica tem mais de 145 lagos que se encontram sob a superfície de gelo continental.[24] O lago Vostok, descoberto abaixo da estação Vostok em 1996, é o maior deles. Acredita-se que o lago está selado pelo manto de gelo há 30 milhões de anos.[25] Há também alguns rios no continente, o maior dos quais é o rio Onyx, com 30 quilômetros de extensão, que desagua no lago Vanda a 75 metros de profundidade.[26]

Ártico

O Ártico (AO 1945: Árctico; do grego αρκτος, arktos – urso), ou Região Ártica (AO 1945: Região Árctica), é geralmente definido como aquele onde a temperatura média do mês mais quente é inferior a 10 ℃ na região setentrional do planeta Terra. Na região árctica se encontra o Oceano Árctico e o Pólo Norte e essa região se encontra praticamente toda inscrita no Círculo Polar Árctico.
Durante o inverno a área toda é coberta pelo gelo e a temperatura atinge geralmente -60 ℃. Durante o verão a tundra é a vegetação principal, mas nas áreas mais aquecidas pode se encontrar salgueiros e bétulas. A vida animal é pobre no tocante ao número de espécies, existindo, por exemplo, ursos-polares, focas árcticas e bois-almiscarados.
Em Setembro de 2007 é registado, pelo satélite da ESA, o ENVISAT, o maior degelo[1] do Oceano Árctico, abrindo à navegação a Passagem do Noroeste.
Os países da zona têm disputado os recursos da região.[2]

O nome Ártico vem do grego arktos - urso, referindo-se à presença do urso polar. Inclusive o nome do polo oposto, a Antártica, é devido a ausência desse animal, sendo então "Anti-arktos", ou Antártica.

Clima

O clima ártico é caracterizado por invernos frios e verões frescos. A precipitação vem sob a forma de neve e é escassa; a maior parte da recebe menos de 50 centímetros por ano. Os ventos fortes muitas vezes levanta a neve já caída, criando a ilusão de neve contínua. A temperatura média no inverno pode ser tão baixa quanto -40 °C (-40 °F), e a temperatura mais fria registrada é de aproximadamente -68 °C (-90 °F), em Verkhoyansk, Rússia. Os climas costeiros do Ártico são moderados pela influência oceânica, com temperaturas geralmente mais quente, embora haja uma maior ocorrência de nevascas nessa região do que a regiões mais frias e secas do interior. O Ártico é afetado pelo aquecimento global atual, levando a retração da calota congelada sobre o Oceano Ártico e a liberação do metano do gelo derretido.

Vegetação

A vegetação ártica é composta de plantas, como arbustos anão, gramíneas, ervas, musgos e liquens, que crescem relativamente perto do solo, formando a tundra. Nas regiões mais ao norte, o crescimento das plantas diminui consideravelmente, pois as plantas estão em seus limites metabólicos, e pequenas diferenças na quantidade total de calor do verão fazem grandes diferenças na quantidade de energia disponível para a manutenção, crescimento e reprodução. Se as temperaturas no verão ficarem ligeramente mais frias, há a diminuição da abundância, produtividade e variedade das plantas árticas. As árvores não conseguem se desenvolver no Ártico, mas nas regiões árticas mais quentes, os arbustos são comuns e podem chegar a 2 m de altura; caniços, musgos e liquens podem formar camadas espessas. Nas partes mais frias do Ártico, a maior parte do solo está nu; as plantas não-vasculares predominam, como liquens e musgos, juntamente com gramíneas e herbácias dotadas de flores, que se desenvolvem em locais esparsos, como a papoula do Ártico.

Geografia

Mapa demarcando a região árctica e os países nela contidos - a linha vermelha representa a isotérmica de 10 ℃ no mês mais quente do verão árctico (Julho).
Imagem de satélite da superfície do Ártico.
São poucos os países e cidades que se encontram dentro dos limites dessa região. Entre eles:
Alert
Cambridge Bay
Iqaluit (Frobisher Bay)
Kangiqcliniq (Ranquin Inlet)
Kaujuitoq (Resolute)
toda a Gronelândia
Barrow
Ilhas Aleutas
Nome
Prudhoe Bay
parte
pequena porção no norte do país
ilha de Svalbard
Longyearbyen
Cherkiy
Dikson
Murmansk
Pevek
Provideniya
Tiksi
 

Fauna